Frida e Badock, amores da mamãe!
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Lambeijos...

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Cães aprendem a salvar vidas em São Paulo

Animais trabalham com bombeiros no resgate de vítimas soterradas em acidentes.

Anny, entre o cabo Panagassi e Ingrid
  
Os pêlos brancos do focinho de uma moradora de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, não enganam: trata-se de uma senhora. Do alto dos seus dez anos, Anny tem muita história para ser lembrada.

Ingrid Angeli Panagassi, da mesma idade, cresceu junto com a cadela da raça labrador. Ela fica emocionada quando fala de uma missão importante de que Anny participou.

A ocorrência do metrô foi a que mais marcou. Eu acompanhei pela TV”, conta a menina.

Em janeiro de 2007, uma gigantesca cratera se abriu na obra da futura Estação Pinheiros do metrô de São Paulo. Sete pessoas morreram soterradas. Lá embaixo, Anny ajudou os bombeiros na procura dos corpos.

O cabo Maximiliano Panagassi trabalhou no resgate atento às indicações da companheira. “Ela e a irmã, Dara, localizaram todas as vítimas que estavam lá. E como a área era muito grande, as cadelas iam localizando e, depois, as guarnições iam cavando para chegar ate às vítimas, devido à profundidade. As vítimas sempre estavam onde elas haviam sinalizado”, conta.

Esse talento todo rendeu a Anny uma vaga de profissional no quartel dos bombeiros do bairro do Ipiranga. Foram oito anos de carreira, sempre resgatando pessoas, cuidando de vidas.

Ela chegou às mãos do cabo Panagassi com apenas 45 dias de vida. Uma doação, porque o dono do canil achava que Anny não era uma cadela perfeita. “Ela nunca teve medo de nada. Por isso, entra em qualquer lugar para farejar. Vai até o ponto em que sente o odor – o venteio – e segue até o final. É um cão bem corajoso”, avalia.

Salvar vidas: essa missão tão nobre transforma o Corpo de Bombeiros em uma fábrica de heróis humanos e também caninos. O treinamento dos cães farejadores começa cedo, assim que os filhotes chegam ao quartel. Os exercícios não param nunca, devem seguir por toda a vida. Não é preciso ficar com pena dos cachorros, achando que eles têm uma vida difícil, sacrificada. O que para os homens parece trabalho, para eles é uma grande brincadeira.

Conan começa o dia com alongamento. Já Safira precisa ter mais equilíbrio. A cadela treina para passar por locais estreitos, como se estivesse entre os destroços de um desabamento. Mas o maior talento desses animais é natural: o poderoso faro, 40 vezes mais sensível que o olfato humano. Basta soltar Conan e ele encontra rapidamente um bombeiro escondido na mata.

Anny já enfrentou essa situação muitas vezes. E depois de quase uma década de trabalho ela foi reformada. Isso mesmo: aposentada. Como todo militar, em uma cerimônia oficial. Ganhou medalha e recebeu atenção até do governador José Serra. Essa "garota" deixou saudade.

Para mim, o cão é mais um bombeiro, um amigo. Tanto que a minha cadela se aposentou e agora ela faz parte da família”, diz o cabo Panagassi.

E essa ligação é mesmo muito forte, com toda a família. Sem falar na meninada da vizinhança, que se derrete pela grandalhona.

Um cachorro é para você ter para a vida inteira. Aqui ou em outro lugar, você sente a presença dele. É um companheirismo que não dá para explicar. O amor que você sente é tão grande que supera barreiras”, afirma Isabela Tossi Roggero, de 11 anos.

Isabela está certa. E é por causa desse amor que Ingrid fica emocionada quando fala de Anny. “Ela é muito linda. Cresceu junto comigo. Ainda bem que está aposentada”, diz.

O pai de Ingrid – e treinador de Anny – fica orgulhoso. E quem não ficaria? Afinal,
ele criou uma heroína. “Sentimos a obrigação de cuidar desse cão. Depois de viver oito anos com ele, não tem como doá-lo para outra pessoa. Ela já ajudou bastante. É uma cadela que merece o céu”, conclui o cabo Panagassi.

Fonte: www.g1.globo.com

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