Criador chega a vender cães Basenji por até 3 mil euros (Foto: Edmilson Reis/Canil Itapuca/
Divulgação)
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Raças raras crescem no país
Alex Piffer, diretor de marketing do Kenel Clube São Paulo, afirma que a introdução de novos cães é positiva para a cinofilia brasileira. “As novas raças que ainda não são populares aqui apresentam menos problemas de doenças e de genética, por conta da linhagem renovada”, afirmou.
Entre as raças raras que começam a ganhar mercado está a Basenji. Esse cão não sabe latir, tem personalidade forte e aparência comum, mas o filhote custa até 3 mil euros.
“Não é popular por causa do temperamento reservado e da falta de características caricatas. O Basenji tem cara comum, de cachorro, mas é isso o que mais me agrada na raça”, afirma o criador Sávio Steele. “Eles não sabem latir, o que seria uma vantagem em apartamentos, mas sempre foram cães raros no Brasil e não são populares em nenhum lugar do mundo. Só nos países escandinavos a raça é um pouco mais conhecida.”
A criação de Steele começou há dez anos, quando ele chegou a investir US$ 4 mil em cada exemplar importado dos Estados Unidos para o Brasil. Aqui, os filhotes são vendidos a partir de R$ 4 mil.
A importação de cães também foi a maneira escolhida pelo casal Rogério Moraes e Barbara Kemp para iniciar a criação no país do raro Dogue de Bordeaux há três anos. Um único cachorro chegou a custar 8 mil euros. “Tenho cães importados da Alemanha, França, Polônia e República Tcheca. O investimento é alto, mas é uma raça que não existia com qualidade no Brasil”, afirma.
Dogue de Bodeaux |
Os cães são enormes e também começam a ser usados no Brasil para guarda. “Não é para quem procura um cão bravo. O Dogue de Bordeaux é territorialista, faz uma guarda ativa. É calmo, equilibrado e faz pouco barulho, mas quando late é sinal de problema.”
Os filhotes nascidos no Brasil são vendidos para companhia a partir de R$ 4 mil. Se a intenção do comprador é expor ou iniciar uma criação, o preço chega a dobrar. “É um cão que precisa de espaço e come muito, em média um quilo por dia. O dono precisa se dedicar. Eu escolho para quem vendo, faço uma seleção. Eu prefiro que continue raro, porque não banaliza.”
Os filhotes nascidos no Brasil são vendidos para companhia a partir de R$ 4 mil. Se a intenção do comprador é expor ou iniciar uma criação, o preço chega a dobrar. “É um cão que precisa de espaço e come muito, em média um quilo por dia. O dono precisa se dedicar. Eu escolho para quem vendo, faço uma seleção. Eu prefiro que continue raro, porque não banaliza.”
Cão de Crista Chinês (Foto: Edmilson Reis/Canil Hampton Court/Divulgação)
Exóticos
Mesmo tido como raro, o Cão de Crista Chinês já se tornou conhecido virtualmente do público por causa da aparência estranha - responsável pela conquista de títulos de cão mais feio do mundo. Com o corpo pelado e tufos de pelos longos apenas na cabeça e nas patas, o cão não pode permanecer exposto ao sol ou ao frio excessivo.
“As pessoas compram porque é exótico, mas depois percebem que têm um temperamento maravilhoso. São tranquilos e companheiros, querem ficar com o dono o tempo todo e são ótimos com crianças”, afirma Lívia Maria de Toledo Krainer, handler de um canil. Como handler, é responsável por cuidar dos cães, fazer a logística de acasalamento e levá-los a exposições.
Ela e o marido se tornaram parceiros do Hampton Court depois que trouxeram alguns exemplares dos Estados Unidos em 2009. Cada filhote pelado custa em média R$ 4,5 mil para companhia.
Enquanto a aparência exótica do Cão de Crista Chinês chama a atenção, é justamente o visual diferente que afasta os interessados no Pequeno Lebrel Italiano. Mas isso não incomoda o criador Fábio Melo Vieira, de Goiânia.
“Ele é raro porque tem um formato exótico, magro, que não agrada a todos. É um cão nobre, sensível e muito carente de atenção”, afirma Vieira. Além de bastante carente, o cachorro precisa ser levado a um lugar amplo pelo menos uma vez por semana para que possa se exercitar, já que adora correr e chega a 40km/h.
Com cães importados da Argentina, Portugal, Bélgica e Estados Unidos, Vieira conta que passa por uma seleção para conseguir comprar os animais por até 5 mil euros cada. No Brasil, para companhia, os preços desse cão variam de R$ 4 mil a R$ 5 mil. “Para eu importar, sou submetido a análise. Preciso dar um resumo da minha vida, informar quanto tempo fico disponível e qual o tamanho do meu espaço. Preservamos isso aqui no Brasil, tentamos selecionar os compradores e acompanhar o cão mesmo depois de vendido.”
Boston Terrier: raça popular nos EUA, mas rara no Brasil (Foto: Estudio Nelson Reis/Canil
Passarelli/Divulgação)
Passarelli/Divulgação)
Esforço para popularização
Jarbas Passarelli, criador de Boston Terrier em Itupeva (SP), não consegue entender como a raça que está entre as mais criadas nos EUA continua rara no Brasil. Em média, ele importa cinco cães por ano a um custo de US$ 5 mil por exemplar. Aqui, o preço do filhote varia de R$ 4 mil a R$ 7 mil, mas o valor sobe se o objetivo do comprador é ter um cão especial para exposição.
“Não se popularizou porque as pessoas não conhecem a raça, mas quem tem contato fica encantado. A pessoa vê o focinho curto e associa com o Buldogue Francês, mas o Boston Terrier não baba, é um cão mais atlético e esguio. Ele sempre acompanha o dono e adora crianças. É um cão bem usado em agility também.”
Outro que pretende popularizar seus cães é José Francisco Jorge Leite, que cria a raça Lagotto Romagnolo na cidade de Seropédica (RJ). “Na França é extremamente popular, mas ainda é desconhecido no Brasil por conta da semelhança física com o Poodle, que já não desperta interesse nas pessoas. O pelo longo também trabalha contra, porque as pessoas acham que vai cair pela casa, mas na verdade não cai. Há raças que têm pelo baixinho e soltam muito mais”, afirma Leite.
Jarbas Passarelli, criador de Boston Terrier em Itupeva (SP), não consegue entender como a raça que está entre as mais criadas nos EUA continua rara no Brasil. Em média, ele importa cinco cães por ano a um custo de US$ 5 mil por exemplar. Aqui, o preço do filhote varia de R$ 4 mil a R$ 7 mil, mas o valor sobe se o objetivo do comprador é ter um cão especial para exposição.
“Não se popularizou porque as pessoas não conhecem a raça, mas quem tem contato fica encantado. A pessoa vê o focinho curto e associa com o Buldogue Francês, mas o Boston Terrier não baba, é um cão mais atlético e esguio. Ele sempre acompanha o dono e adora crianças. É um cão bem usado em agility também.”
Outro que pretende popularizar seus cães é José Francisco Jorge Leite, que cria a raça Lagotto Romagnolo na cidade de Seropédica (RJ). “Na França é extremamente popular, mas ainda é desconhecido no Brasil por conta da semelhança física com o Poodle, que já não desperta interesse nas pessoas. O pelo longo também trabalha contra, porque as pessoas acham que vai cair pela casa, mas na verdade não cai. Há raças que têm pelo baixinho e soltam muito mais”, afirma Leite.
Lagotto Romagnolo |
Serviço
Basenji Canil Itapuca – (21) 7831-3536 Boston Terrier Canil Passarelli – (11) 4592-7642/7274-0131 Dogue de Bordeaux Canil Kembit Kennel – (11) 3804-5305/7867-7159 Pequeno Lebrel Italiano Canil Apoama – (62) 9964-9752/9964-9748 | ||
Cão Chinês de Crista Canil Hampton Court – (14) 3732-6755 | ||
Lagotto Romagnolo Canil Il Maniere – (21) 9177-1362 | ||
Thai Ridgeback Canil Blue Face Brazil – (61) 9126-2991 |
Fonte: www.g1.globo.com
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